Prefeitura de Itararé

Publicado em 2 de agosto de 2017


Prefeitura de Itararé alerta sobre risco de epidemia de raiva

Três casos foram confirmados no município; vírus é fatal

A Prefeitura de Itararé (SP), através da Vigilância Epidemiológica inicia uma campanha de conscientização contra o vírus da raiva. A doença é transmitida através do contato com a saliva contaminada de um animal.
O objetivo é alertar o maior número de pessoas possível, principalmente proprietários de animais de produção como bovinos, equinos e suínos, que estando em áreas rurais ficam mais propensos ao contato com morcegos hematófagos.
O veterinário, Dalmerson Lopes Machado, relata que no último mês foram confirmadas três mortes de bovinos em decorrência da zoonose. “Além destas, houve outros casos de óbito com os mesmos sintomas, os quais provavelmente tenham tido o mesmo diagnóstico”, diz.
Mas a preocupação maior é que o vírus está na região, e em Riversul (SP) a 60 quilômetros de Itararé, uma fazenda registrou a morte de 15 bovinos, todos com os sintomas da raiva.
“O vírus circula e a doença vai passando pela mordedura dos morcegos de um para o outro, daí a importância para a vacinação, pois pode se tornar uma epidemia. Hoje o custo de uma dose de vacina é irrisório perto do valor comercial de uma cabeça de rebanho”, afirma o veterinário.
Além dos animais, a raiva também pode ser transmitida para o homem e em ambos os casos leva à morte; como aconteceu no último dia 29 de junho em Recife (PB) com a dona de um pet shop, infectada através da mordida de um gato.
“A doença é fatal. E àqueles que tiveram contato com animais infectados recentemente precisam se imunizar também. Além do alto custo, o soro antirrábico poder ser bastante dolorido devido ao grande volume que deve ser aplicado”, explica Dalmerson.
Mais informações sobre vacina antirrábica de herbívoros podem ser tiradas na Secretaria Municipal de Agricultura, que fica na rua Frei Caneca, 1443 – Centro.

Raiva – é uma antropozoonose, ou seja, uma doença que passa dos animais ao homem e vice-versa. Essa enfermidade é transmitida ao homem pela inoculação do vírus presente na saliva e secreções do animal infectado, principalmente pela mordedura e lambedura.
A moléstia caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda. O índice de letalidade apresentado pela doença é de aproximadamente 100%.
Os sintomas da raiva são característicos e variam no animal e no ser humano. O animal geralmente apresenta dificuldade para engolir, salivação abundante, mudança de comportamento, mudança de hábitos alimentares e paralisia das patas traseiras.
Nos cães, especificamente, o latido torna-se diferente do normal, parecendo um “uivo rouco”, e os morcegos, com a mudança de hábito, podem ser encontrados durante o dia, em hora e locais não habituais.
Apesar de ser conhecida desde a Antiguidade, ainda é um grave problema de saúde pública e acarreta altos custos na assistência preventiva às pessoas expostas ao risco de adoecer e morrer.

Raiva humana – No início, os sintomas são característicos: transformação de caráter, inquietude, perturbação do sono, sonhos tenebrosos; aparecem alterações na sensibilidade, queimação, formigamento e dor no local da mordedura. Essas alterações duram de 2 a 4 dias.
Posteriormente, instala-se um quadro de alucinações, acompanhado de febre; inicia-se o período de estado da doença, por 2 a 3 dias, com medo de correntes de ar e de água, de intensidade variável. Surgem crises convulsivas periódicas.

Prevenção – O que fazer quando agredido por um animal, mesmo se ele estiver vacinado contra a raiva:
Lavar imediatamente o ferimento com água e sabão;
Procurar com urgência o Serviço de Saúde mais próximo para avaliação e prescrição de profilaxia antirrábica humana adequada;
Não matar o animal, e sim deixá-lo em observação durante 10 dias, para que se possa identificar qualquer sinal indicativo da raiva;
O animal deverá receber água e alimentação normalmente, num local seguro, para que não possa fugir ou atacar outras pessoas ou animais;
Se o animal adoecer, morrer, desaparecer ou mudar de comportamento, voltar imediatamente ao Serviço de Saúde;
Nunca interromper a profilaxia antirrábica humana sem ordens médicas;
Quando um animal apresentar comportamento diferente, mesmo que ele não tenha agredido ninguém, não o mate e procure o Serviço de Saúde.
Fonte: www.brasil.gov.br

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