Publicado em 14 de agosto de 2018
Professor e estudantes do curso de assentador de pisos e azulejos têm realizado os reparos
A turma trabalha para colocar novos pisos e azulejos no banheiro da sala onde as aulas são ministradas
Os alunos do curso de assentador de pisos e azulejos da Escola de Construção Civil em Itararé (SP), mais do que aprender uma profissão e se capacitar para o mercado de trabalho, têm, durante o horário de aula, trabalhado na reforma de espaços públicos.
De acordo com o professor do curso, Mauro Tadeu dos Santos, além da parte teórica, onde os alunos aprendem noções básicas de construção, medição de área e volume, a parte prática é também fundamental. “Porém, no lugar de realizarmos esse exercício prático em uma parede em específico, que depois teria seus azulejos removidos para a próxima turma, optamos por utilizar os materiais que recebemos para as aulas em locais que, depois, seriam utilizados”, conta.
Segundo ele, o primeiro local a ser beneficiado com uma reforma foi o banheiro feminino da praça Coronel Jordão (praça Matriz). Agora, a nova turma trabalha para colocar novos pisos e azulejos no banheiro da sala onde as aulas são ministradas.
Para o prefeito, Heliton do Valle, a ação do professor e estudantes é louvável. “Além de se capacitarem, essas pessoas ainda estão auxiliando o município através desses reparos, que, com certeza, fazem uma grande diferença em um ambiente”, enfatizou.
Escola de Construção Civil – A Escola de Construção Civil em Itararé foi inaugurada pelo prefeito Heliton do Valle em 12 dezembro de 2017, como resultado de uma parceria do município com o Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo.
Para a aluna Márcia Regiane Beltrão Moura, o curso de assentador de azulejos tem sido muito edificante, pois, segundo ela, sempre gostou do ofício, mas nunca havia tido a oportunidade de fazer aulas sobre isso
“Eu espero que mais mulheres vençam o medo e a vergonha e se inscrevem no curso”, conta Márcia. “Essa profissão foi, por muito tempo, considerada algo masculino. Mas hoje, em nossa sala, as meninas são, inclusive, maioria. As mulheres vem ganhando cada vez mais espaço. Para aprender, basta querer”.