Publicado em 10 de julho de 2018
Ato cívico em virtude do 9 de Julho foi realizado no Parque Ecológico da Barreira
Autoridades militares e a sociedade civil também prestigiaram a solenidade
A Prefeitura de Itararé (SP), por meio da das Coordenadorias Municipais de Cultura e Turismo, realizou, na segunda-feira (09), um ato cívico em alusão ao Dia da Revolução Constitucionalista.
O evento, realizado em um dos principais palcos do conflito, o Parque Ecológico da Barreira, contou com a presença do Tiro de Guerra, Guarda Mirim Municipal e do grupo ‘Legião de 32’, que realizou uma exposição de fotografias e artefatos do período no local. Autoridades militares e a sociedade civil também prestigiaram a solenidade.
Segundo o coordenador de Turismo, Edilson José de Moraes, Itararé tem o privilégio de possuir, além de inúmeras belezas naturais, um marco tão importante quanto este em sua história. “Nosso município tem tido cada vez mais destaque no turismo em âmbito nacional, graças ao trabalho realizado pela gestão e aos seus atrativos que unem acontecimentos históricos a uma natureza exuberante”, destaca.
Para o prefeito Heliton do Valle, a comemoração é de grande importância, uma vez que o município teve participação ativa na Revolução Constitucionalista de 1932. “O 9 de Julho foi um marco não somente para o Estado de São Paulo, mas para todo o país e é nosso dever, como guardiões do palco desses acontecimentos, relembrarmos os sacrifícios realizados pelo nosso povo em busca de um bem maior”, enfatiza.
9 de Julho – Como explica o historiador Raian Faller, no ano de 1932, o Brasil passava por momentos de tribulação. Na época, após um golpe de Estado realizado dois anos antes, Getúlio Vargas era presidente do país.
De acordo com ele, o povo paulista, insatisfeito, começou a organizar inúmeros comícios e manifestações contra o presidente. Em uma das manifestações, quatro estudantes, Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo, foram assassinados por partidários de Getúlio, dando assim origem ao grupo M.M.D.C. “O movimento, nomeado através de um acrônimo com as iniciais dos jovens mortos, foi criado e as manifestações adquiriram mais causas, tais como a redemocratização do Brasil e a elaboração de uma nova Constituição”, explica.
“No dia 9 de Julho 1932, então, teve início o conflito entre os constitucionalistas, contrários ao governo, e os legalistas, partidários de Vargas, sendo Itararé sede para a resistência paulista contra as tropas vindas do sul”, relata o historiador.
O feriado, então, foi instituído em 1997 como a data magna do Estado de São Paulo, em alusão ao dia em que o povo foi às armas a fim de lutar pela instauração de um regime democrático no país.