Prefeitura de Itararé

Material foi cedido pela faculdade Nova Fafit e pela neta do fotógrafo, Jandira Jansson

Publicado em 6 de fevereiro de 2020


Casa da Cultura de Itararé (SP) recebe doação de 72 quadros de Claro Jansson

O coordenador da Pasta, Alisson Riveli, junto à Jandira Jansson

Não é a toa que a Casa da Cultura em Itararé (SP) possui esse nome. O local, que está em fase de reforma, ainda nem foi inaugurado, mas, graças a colaboração de instituições e munícipes, está cada vez mais recheado de arte e muita história.

Prova disso é a mais recente adição ao acervo do local: 72 quadros do ilustre fotógrafo Claro Jansson. O material, anteriormente em posse da Nova Fafit, foi cedido à Prefeitura pela faculdade e pela neta de Claro, Jandira Jansson.

Segundo o coordenador da Pasta, Alisson Riveli, as peças são uma valiosa aquisição para o espaço. “O casarão terá uma sala inteiramente dedicado à vida e obra de Claro. Essas doações possuem um valor inestimável para a história não só de nossa cidade e Estado”, destaca.

Para o prefeito, Heliton do Valle, é muito gratificante ver o envolvimento da população. “Com a Casa da Cultura buscamos não somente preservar a memória de Itararé como também homenagear àqueles que aqui viveram antes de nós”, enfatiza. 

Mobiliando a Casa da Cultura – A campanha de arrecadação para mobiliar completamente o casarão, inclusive as salas de reunião, com móveis antigos, continua em vigor.

São aceitos móveis como cadeiras, mesas, cristaleiras, escrivaninhas e outros itens antigos em bom estado de conservação. Obras de arte, quadros, louças, utensílios e outros objetos vintage também serão aceitos.

O nome do doador será colocado em destaque junto ao item doado.

Aqueles que tiverem itens para doação podem entrar em contato com a Coordenadoria Municipal de Cultura por meio do telefone (15) 3532-8000 ou por meio do e-mail cultura@sitecidade.test.

Claro Jansson – Claro Gustavo Jansson, nascido Klas Gustav Jansson em Hedemora, região da Dalarna, foi um fotógrafo sueco, radicado no Brasil em 1981. Sua aproximação com a fotografia teve início na Argentina, mas foi somente na região do Porto União da Vitória, no Brasil, que se estabeleceu como fotógrafo. 

Desde então, acompanhou e registrou inúmeros acontecimentos e personalidades históricas, tais como o coronel João Gualberto, então Comandante da Força Pública e, posteriormente, patrono da Polícia Militar do Paraná e o presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt.  Também atuou como fotógrafo oficial da companhia madeireira Lumber.

Em Três Barras, fotografou os movimentos relativos à Guerra do Contestado até o final – há fotos de líderes fanáticos como Bonifácio Papudo e Alemãozinho, bem como dos líderes militares como o general Setembrino de Carvalho; a passagem de paulistas e catarinenses que combatiam durante o levante tenentista de 1924.

Em 1928 transferiu-se para Itararé, onde fixou residência. No município, fotografou os movimentos revolucionários de 1930 e 1932. A famosa foto da passagem de Getúlio Vargas na Estação Ferroviária da cidade, rumo ao Rio de Janeiro, foi um dos registros feitos por ele. 

Faleceu em 10 de março de 1954, sendo sepultado em Curtiba (PR), onde residia a maioria dos filhos.

Em novembro 2003 teve um livro biográfico publicado pela editora Dialeto, disponível na Biblioteca Municipal de Itararé, no qual pode-se ver parte de sua obra.

 

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