Publicado em 10 de agosto de 2018
Em comemoração ao ‘Dia dos Pais’ funcionários contam um pouco da trajetória da família
Aldemir ajudou o filho a se preparar para o concurso
Você já deve ter ouvido por aí a famosa frase ‘tal pai, tal filho’. É comum que os pais sejam referência e sirvam de exemplo para seus filhos e, para a família Gatti, de Itararé (SP), parece ser tradição seguir uma carreira que serve à população.
Já falecidos, Giocondo Gatti e Nicolau Gatti, pai e filho, atuaram na Prefeitura como, respectivamente, apontador – cargo que cumpre a função de cuidar do livro ponto, e servidor na Garagem Municipal. O feito serviu de incentivo para que Aldemir Gatti, filho de Nicolau, ingressasse no funcionalismo público.
Aos 52 anos, Aldemir conta que já passou por vários departamentos na Prefeitura. “São 30 anos de casa. Comecei no Tiro de Guerra, fui agente fiscal e, há 16 anos, faço parte da Guarda Civil Municipal (GCM). Lembro até hoje do dia em que li estampado no jornal que o concurso para GCM estava aberto, eu nem sabia o que era isso”, relembra ele, aos risos.
Conforme ele, após ver a notícia, procurou saber mais sobre o concurso, se interessou e passou por todas as fases: prova objetiva, exame médico, psicológico, teste físico e investigação social. “Depois de aprovado em tudo, tive que esperar para ser chamado, pois era período eleitoral. O tempo foi passando e nada da convocação chegar. Cheguei a achar que ia caducar a validade do concurso, mas em 2002 deu tudo certo e eu comecei a fazer o curso de formação para poder assumir o posto de guarda”, recorda.
Foi nesta época que, ainda pequeno, com aproximadamente 11 anos, Felipe Gatti começou a se encantar com a profissão. “Eu levava o almoço para o meu pai todos os dias e ficava por lá, vendo o treinamento, observando tudo. Não sei explicar o quanto eu estava feliz na formatura dele”, destaca.
Quando Felipe tinha 18 anos, a Prefeitura abriu novo concurso para a função. Ele não pensou duas vezes e decidiu que iria trilhar o mesmo caminho do pai. “Mesmo antes da prova escrita, ele já estava me orientando ao teste físico”, diz.
Conforme Aldemir, o teste físico não é fácil, por isso incentivava o filho a treinar. “Quando somos jovens, antes de passar pela prova, temos a impressão de que é tudo fácil, mas não é. Então eu cobrava. Íamos correr, fazer exercícios de barra e outros treinos. Assim ele fez a prova pronto”, relata.
Depois de aprovado, por coincidência, Felipe também teve que esperar. “Minha espera foi maior, entre a abertura do edital e a convocação foram quase três anos”, detalha.
Depois do período de espera foi a vez de Aldemir participar da formatura do filho. “Foi uma emoção tremenda, fiquei orgulhoso demais”, emociona-se o pai.
Atualmente, pai e filho se veem diariamente na entrada e na saída da Corporação. Isto porque Aldemir serve ao Parque da Barreira e Felipe faz policiamento diário. “Isso me deixa um pouco apreensivo, pois nas ruas as ocorrências são sempre mais complicadas, mas graças a Deus ele tornou-se um bom profissional. Sem dúvidas é um orgulho ver meu filho no mesmo caminho, encarar o mesmo desafio e cuidar da população”, enfatiza.
“Orgulho mesmo é ter um pai como ele”, finaliza Felipe.
Felipe teve a oportunidade de participar da formatura do pai
Filho e pai, ambos integrantes da corporação da Guarda Municipal
Orgulhoso, Aldemir também esteve presente na formatura do filho
