Automóvel ficará exposto em frente ao Paço Municipal até quarta-feira (07)
Publicado em 2 de agosto de 2019
Automóvel ficará exposto em frente ao Paço Municipal até quarta-feira (07)
‘Lá vem o Jorge Chuéri, com seu carro amarelinho, atropelando os postes que encontra em seu caminho’. A marchinha carnavalesca de Silas Corrêa Leite, intitulada ‘Fiat Amarelinho’, retrata uma, entre várias, características do imaginário itarareense atribuídas a Jorge Chuéri: seu inseparável Fiat 147.
O carro, ano 1979, foi adquirido zero pelo pintor e poeta e, a partir daí, o acompanhou durante toda a vida, tornando-se folclórico no município.
O automóvel ficará exposto em frente ao Paço Municipal, à rua XV de Novembro, 83, Centro, até quarta-feira (07), como parte da I Semana Jorge Chuéri de Artes. O horário de visitação é das 8h às 17h. A entrada é gratuita.
Exposição – Mais de 15 itens, dentre pinturas e objetos pessoais do ateliê de Jorge Chuéri integram a mostra. O acervo exibido conta também com algumas das obras que compõe a mais famosa coleção do artista, ‘A Via Sacra’, nas quais o martírio de Cristo é retratado pelas ruas de Itararé.
Saiba mais – Jorge era o filho mais velho de cinco irmãos. Filho de Simão Jorge Chuéri e Maria Merege Chuéri, nasceu no dia 01 de agosto de 1922. Foi pintor impressionista com vários prêmios de renome, compositor, boêmio, carnavalesco premiado, escritor, empresário, fundador-diretor de clube e contador de causos. Para ajudar a família, começou a trabalhar cedo no comércio. Estudou no Grupo Escolar Tomé Teixeira, onde foi iniciado nas artes e no teatro, principalmente. Começou a pintar muito cedo, como hobby, ele mesmo fabricando suas telas, incentivado pelo parente Pedro de Assis Merege, também pintor. Depois ganhou qualidade, estilo, respeito e fama. Foi empresário de sucesso, fundador do Clube Recreativo Primeiro de Maio de Itararé, diretor da Santa Casa de Misericórdia de Itararé e do Clube Atlético Fronteira. Começou a expor em Itararé e a ganhar prêmios nacionais de renome, tendo sido premiado no Brasil e até mesmo no exterior, além de ganhar o prêmio do Banco Real de Talentos da Maioridade. Colaborou para com os jornais O Itararé, Tribuna de Itararé e O Guarani, publicando seletas de humor, crônicas de homenagens, causos recolhidos da fauna notívaga da cidade, ficções e artigos opinativos. Verdadeiro boêmio e folião carnavalesco de primeira grandeza, também foi membro do clã “fanáticos por Itararé”. É considerado até então o artista mais popular do município, tendo composto marchas de carnaval tradicionais e sambas-enredos, além de estar presente por mais de 70 anos em quase todas as atividades artístico-culturais da cidade. Fez várias capas de livros, escreveu inúmeros prefácios e várias orelhas. Pintou a “Via Sacra Itarareense”, 15 telas da via-crúcis em espaços geofísicos de Itararé, considerada a melhor obra; “Os Bairros do Município de Itararé”, 47 telas. As obras foram premiadas em vários continentes, com participações expositivas no México, Espanha, Portugal, Itália, França, China Popular, Bolívia e Chile. Em 2004, o bancário aposentado, fotógrafo e cronista Moacyr Medeiros Alves, escreveu o livro “A Trajetória de um Mestre”, em homenagem a ele. (Biografia extraída do blog Artistas de Itararé).