Publicado em 30 de maio de 2018
Aos 83 anos, Roque Rodrigues se recorda do processo de criação do símbolo
Roque admira o desenho criado por ele
‘Itararé pelo trabalho’ é isso que quer dizer a frase ‘Itararé pró-labor” no brasão da cidade. No Dia da Bandeira, celebrado nesta quarta-feira (30), o criador do símbolo, Roque Rodrigues, recorda a criação dele.
“Aconteceu durante o segundo mandato do então prefeito Francisco Alves Negrão (1956 a 1959), eu tinha 20 e poucos anos na época, meus cabelos ainda eram bonitos”, brinca.
Nascido em 1934, Roque era, na época, escriturário da Prefeitura. Quando necessário, era ele quem fazia faixas e certificados para a Prefeitura e Câmara Municipal. “Tive outras funções como servidor, a última foi no setor de compras de medicamentos. Em 2013 me aposentei”, conta.
A criação, finalizada em menos de 24 horas, só aconteceu graças ao pedido do então secretário Adriano Queiroz. “Itararé ia ter uma festa boa, a Festa do Milho, com desfile e tudo mais, então Adriano queria o desenho para representar a cidade e me pediu para fazer. A frase estampada veio dele”, recorda.”Estudei brevemente o livro de heráldica (arte ou ciência de descrever os brasões) e deixei o lápis correr”, acrescenta.
Conforme ele, na época usava-se o brasão de São Paulo como símbolo e foi por aí que começou a desenhar. “Após fiz as cinco torres, que representam o município, se fosse distrito seriam apenas três. O desenho do morro se refere a Bom Sucesso, na época pertencente à cidade. O rio retrata o Rio Verde. Nas laterais usei o trigo e o milho. O milho por ter representatividade econômica na cidade e o trigo para homenagear a festa que iria acontecer. Hoje talvez eu colocasse uns pinus e a soja. Ainda tiraria o morro de Bom Sucesso”, explica.
Questionado se achava que a cidade precisava de um novo brasão Roque afirma que não. “É tradição, tem que manter, não é porque eu desenhei, na verdade nunca imaginei que um dia iriam me entrevistar por isso, mas tradições são tradições”, finaliza.