Ao todo, nove alunos foram agraciados
Publicado em 24 de novembro de 2020
Ao todo, nove alunos foram agraciados
A Prefeitura de Itararé (SP), através da Coordenadoria Municipal de Cultura, premiou, terça-feira (17), os vencedores do 2º Concurso de Poesia.
O evento, transmitido ao vivo no Facebook da Prefeitura, foi realizada na Casa da Cultura Juquinha Taques seguindo todas as orientações das autoridades da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde. Estiveram presentes apenas a secretária municipal de Educação, Andreia Almeida; o coordenador municipal de Cultura, Alisson Riveli e os premiados com apenas um familiar.
Este ano, o tema foi ‘O mundo de minha janela’. O primeiro colocado recebeu R$ 1 mil. R$ 500,00 e R$ 300,00 foram, respectivamente, a premiação do 2º e 3º lugar. Confira quem foram os selecionados e as poesias vencedoras de cada categoria.
4º e 5º ano
1º lugar – Rebeka Luiz, aluna da professora Luciene Ilza da EM Adriano Pimentel
2º lugar – Ricardo Silva, aluno da professora Carina Yassuda da EM Maria Jesus Klocker Camargo
3º lugar – Maria Eduarda Gouveia, aluna da professora Ana Paula da EM Maria da Silveira Vasconcelos
6º ao 9º ano
1º lugar – Vitor Hugo Branco, aluno da professora Marlene Gil da EM Pres. Juscelino Kubistchek de Oliveira
2º lugar – Cristhian Almeida, aluno da professora Josiane Martins da EE Tomé Teixeira
3º lugar – Taís Antunes Soares, aluna da professora Olinda Rosa da EM Juracy Martins
Ensino Médio
1º lugar – Helen Cristina Lopes, aluna da professora Rosane Flora da EE Prof Caetano Carbone
2º lugar – Maria Fernanda Leal Pinheiro, aluna da professora Letícia Camargo da Etec de Itararé
3º lugar – Bruno de Oliveira Bueno, aluno da professora Letícia Camargo da Etec de Itararé
Por Rebeka Oliveira Luiz
Oh, mundo!
Você pode me ouvir?
Estou te vendo de uma forma diferente
Por todo tempo que passei
Por todo tempo que passou
Tudo passa, do lado de lá e de cá, de onde eu estou
Através da paisagem pequena
Olho, penso e medito
Tudo afinal vale a pena
Seja o mundo infinito atrás da janela,
Ou o amor infinito aqui dentro dela.
Oh, mundo!
Já decidiu para onde está indo?
Para onde está nos levando?
Ou é nós que levamos você?
Eu estava tão aflita!
Você tem visto as notícias?
Nações choram e gritam
Dor, morte, desolação
Mas ainda assim existe
Ajuda, amor e compaixão.
Oh, mundo!
De quem é a culpa agora?
Quem causou maior destruição.
Nossas feridas vão cicatrizar?
As suas, as nossas…
Ou pra sempre vão ficar?
Sei que muito te devo
Mas pouco eu posso te dar
Pois através da minha janela
Te vejo e posso sonhar
O que podemos fazer
Para poder te salvar?
Oh, mundo!
Te olhando através da janela
Esperançosa e aflita
Minha alma medita
Naquilo que ela acredita
Oro e peço com o coração
Com muita fé e devoção
Que Deus cure nosso mundo
E proteja a criação!
O mundo da minha janela por Vitor Hugo Branco
Um mundo que anseia por sonhos,
Um mundo que anseia por justiça,
Um mundo que deseja esperança!
Porém a realidade pode ser a representação da dor,
Os sonhos podem ser inalcançáveis.
Mas onde houver luz, haverá esperança…
Onde houver vida, haverá justiça.
Certamente os tempos sombrio passarão,
E um dia, a dor e o sofrimento enfim desaparecerão…
Através da minha janela sonharei,
Com um mundo justo e com luz!
Meus olhos apenas verão a luz do Sol,
Que irá me despertar desse terrível pesadelo.
Para quem um dia eu veja
Um raio de luz do lindo sol novamente
Do mundo da minha janela!
Não viver para sobreviver por Helen Cristina Lopes
Às vezes me pego pensando
O tamanho da dor que o vírus está causando
São tantas pessoas morrendo
E tanta saudade para as famílias deixando
São mais de cinquenta mil mortes
Pessoas que a vida toda lutaram, foram fortes
São apenas mais um número para os dados
Para os que se foram, destinos degradados
Os que ficam lamentam e choram
De dentro da sua casa pelo ente querido oram
Da janela olhando para o céu
Indagam a Deus: Por que o fim tão cruel?
O tempo passa e a saudade só aumenta
É tanta coisa perdida que ninguém mais aguenta
Não podemos sair, tendo cautela
A única visão do mundo é da janela
O mundo lá fora acabando
A vida de tantas pessoas tirando
E a única coisa que devemos e podemos fazer
É de maneira alguma a vontade de sair satisfazer
Os heróis da saúde “se mascaram”
E o vírus letal encaram
Correm o risco para vidas salvar
Para a história de tantas pessoas continuar
E nós em casa salvamos também
Não pegando e não transmitindo para ninguém
Pra ser herói hoje não precisa superpoderes
Apenas se distanciar de outros seres
Parece loucura não poder sair
Pra trabalhar ou se divertir
Parece que estamos vivendo sem viver
Com o intuito de sobreviver
Estar vivo mas não viver
Ter amigos mas não os ver
Parece roteiro de novela
Só poder ver o mundo da minha janela